quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Espírito Maçônico de Tiradentes




Comemora-se nestes dias a eclosão do movimento libertário de Minas Gerais, de 1789, e a sua aparente derrota ainda no nascedouro, mas com a vitória do grito contra o regime colonial que levou 30 anos depois da execução do líder – o Tiradentes – à Independência do Brasil. O glorioso alferes José Joaquim da Silva Xavier, o grande sacrificado, marchou para a morte com a serenidade dos que sabem o que fazem e estão certos da importância do seu gesto para a vitória da sua ideia ainda incipiente.

Tiradentes desapareceu como arauto da libertação brasileira. O movimento que passou à História com o nome de Inconfidência Mineira surgiu treze anos depois da Declaração de Independência das 13 colônias americanas, assinada por um grupo de maçons liderados pelo imortal George Washington. E Tiradentes logo entendeu que os seus Irmãos deveria repetir a façanha no Brasil, como de fato foi feito.

Mais adiante o grande maçom Simon Bolívar e seus companheiros estremecia o chão com suas cavalgadas pelas colônias da América Espanhola proclamando o fim da submissão ao trono espanhol. Parecia, então que os maçons resolveram tornar o Novo Mundo, como as Américas eram conhecidas na Europa, neste mundo de países fundados por maçons, construídos com a participação de maçons e até hoje tendo a Maçonaria como a mais fiel garantia do seu sucesso para a solução dos problemas internos e a sua posição de fraternais relações externas.

Os Maçons dos inícios do século dezenove seguiram o exemplo dos irmãos da Grande Nação do Norte, e fundaram aqui o Império Brasileiro, decidindo acompanhar os seus passos. A Maçonaria influenciou decisivamente na Libertação dos Escravos, liderando a Campanha Abolicionista. A Sublime Instituição, fiel aos maçons de toda a América, não abandonou o País fundado por seus mestres mais antigos, e, quando foi necessário, implantou a República, e procuram protegê-la até hoje, quando desfrutamos a posição de sexta potência econômica do mundo. Os Maçons brasileiros continuam orgulhosos, atentos dispostos ao sacrifício pela glória do País que criamos. As ideologias passam, os partidos políticos passam mais a bandeira da Maçonaria é sempre a mesma: trabalhar pela grandeza do Brasil, acenando a legenda imortal – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Neste momento, mais uma vez proclamamos a glória de Tiradentes, principalmente quando entre jovens maçons brasileiros, começa a ser fortalecido movimento  que vem sendo conclamado com a expressão: NÃO ABANDONAMOS PAÍS QUE CRIAMOS.


Marcos José da Silva - Grão-Mestre Geral

Nenhum comentário:

Postar um comentário