quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Os Três Pontos



A data de 1717 é tida como a divisória entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa. Houve, nesta última, a partir dessa data, um incremento na Ritualística com novos eventos na Iniciação e nos demais acontecimentos.

Essa Ritualística tinha sua “fala” decorada e era proibido fazer cópias manuscritas. Com o passar dos anos, houve uma perda do controle e começaram a aparecer cópias no ambiente maçônico do mundo todo.

Para dificultar o entendimento, caso essas cópias caíssem em mãos de profanos, as palavras foram abreviadas. Essa supressão de fonema ou de sílaba no final da palavra denomina-se “APOCOPE (Supressão de fonema ou de sílaba no final de palavra)”.

Esse sistema era, e é ainda, usado também em documentos transferidos entre Potências Maçônicas. Na Inglaterra, EUA, Nova Zelândia e Austrália essa abreviação é feita por um ponto, somente. Na França, e países da América Latina, que é o caso do Brasil, a abreviação é tripontuada.

Nos países onde houve influencia da Maçonaria Francesa, é comum colocar os três pontos no final da assinatura, ou entremeados na mesma. Não se sabe bem o motivo de tal comportamento. Provavelmente, uma maneira, não oficial, de reconhecimento entre Maçons.

O conjunto de três pontos não é um Símbolo e nem representa nada na Maçonaria, e é usado somente em alguns países. Mesmo assim, não faltaram Maçons de mente fértil que inventaram representações para eles como o Delta Sagrado, as Três Luzes da Loja, etc.

Mackey em sua Enciclopédia deixa isso bem claro:

“não é um Símbolo; simplesmente uma abreviatura. Qualquer coisa fora desse sentido é futilidade”.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DILEMA MORAL


Os códigos morais, que vão desde as orientações religiosas até as orientações jurídicas, só funcionam se existir um tribunal interno dentro de cada um. Esse tribunal interno é a bifurcação da vontade. Se a bifurcação da vontade deixar de existir, a pessoa automaticamente deixará de ser um ser humano e nenhum código moral irá funcionar. É o que acontece com os comunistas.
Um ser humano que não tenha dilemas morais é uma pessoa doente que caiu fora da espécie, porque não é possível viver sem dilema moral. Apenas os animais irracionais vivem sem dilema moral algum. O leão, por exemplo, é capaz de devorar os próprios filhotes recém-nascidos só para acelerar o retorno do cio da leoa devido a suspensão da amamentação. Para ele não há dilema moral algum nessa atitude, assim como para os outros animais irracionais. Por essa razão denomino os comunistas e suas cortinas subjacentes como PSICOPATAS. O genocídio de 149 milhões de compatriotas, contrários a ideologia comunista, confirma a minha assertiva.
Nós, humanos, embora torçamos para não ter nenhum dilema moral na vida, na realidade acontece o contrário: nós passamos a vida inteira vivendo dilemas morais. Alguns são completamente insolúveis. Como não sabemos o que fazer o jeito de lidar com isso é procurar um código externo que possa dizer o que fazer. Um deles é o jurídico. O outro é o religioso, ou seja, fazer aquilo que Deus gostaria que fizéssemos. Esta segunda opção é a solução para qualquer dilema moral, vez que o código jurídico deveria, obrigatoriamente, derivar da moral religiosa, ou seja, o direito positivo deve derivar, sempre, do direito natural. Infelizmente não é o que acontece.
Os dilemas morais são de duas naturezas: verdadeiros e falsos. Os dilemas são verdadeiros quando eles têm uma natureza que se desdobra no tempo. Ao contrário, são falsos. Por exemplo, um dilema que não é moral: “Quem é mais bonito, o Shrek ou o Antônio Banderas?” Isso não é um dilema moral porque ninguém tem dúvida quanto a isso. A escolha surge automaticamente, embora algumas escolhas possam recair no outro.
Por outro lado, se a pergunta for “Coloco ou não coloco o meu filho no Colégio Militar?” A pessoa só vai saber se a decisão foi boa ou não, daqui a vinte anos, ou seja, no tempo. Portanto, os dilemas morais se caracterizam por se desdobrarem no tempo. Assim, a pessoa nunca pode ter certeza se tomou a melhor decisão no ato da decisão. Só o tempo dirá. É por isso que existem códigos morais externos que decidem pela pessoa quando ela não sabe o que fazer.
Se a pessoa não está feliz com os códigos morais externos, sempre haverá a orientação maior. Em última análise, façamos aquilo que Deus quer que cada um faça. Mesmo assim, e independente da escolha, a pessoa não se livrará da dor de enfrentar o dilema moral, por mais que ela utilize um desses três estratagemas:
1. Fingir que para você não vale esse código, mas outro (os comunistas têm verdadeira adoração por este estratagema);
2. Fingir que você não é você (os comunistas quando estão em apuros, lançam mão dele);
3. Fazer de conta que não há código moral nenhum (este é o predileto dos comunistas).
Pessoa alguma irá obter sucesso com nenhum dos três estratagemas, porque no fundo, o que resta em última análise é tomar a decisão. Essa decisão será sempre dolorosa, mas se for feita para o lado do bem, será muito melhor do que fazê-la para o lado do mal.
Quando estudamos a ética, a moral ou qualquer outra coisa que o valha, não dá para perder de vista essa visão que acabo de expor, senão corremos o risco de ficar nessa conversinha mole de “ética disso”, “ética daquilo” etc. Na realidade as pessoas perderam completamente a ideia e a verdadeira noção de ética para submeterem a ética a uma espécie de colegiozinho do “politicamente correto”, ou seja, seguir um conjunto de orientações de uma cartilhazinha elaborada por um bando de psicopatas que se julga acima do bem e do mal. Perdeu-se completamente a noção de que esse assunto é de consciência humana.
A noção de que há um dilema moral só pode ser alcançada se a pessoa fugir das três escapatórias amplamente utilizadas nos tempos atuais: a) fingir que aquele código não vale para ela; b) fingir que não é com ela; c) fazer de conta que não há código moral algum. Esses são os três tipos de mentira que as pessoas estão utilizando o tempo todo. Elas “grudam” nessas três regras escapatórias e criam uma realidade à parte que na verdade não é realidade nenhuma, mas apenas uma fantasia que as pessoas assumem como aspectos da realidade. Os comunistas utilizam esses três tipos de mentira o tempo todo. Como são, todos, psicopatas, acreditam nelas.
O problema fundamental que as pessoas têm, é a incapacidade para destruir a confusão do processo que envolve a noção de realidade e fantasia. Se não for promovida a distinção entre o que é realidade e o que é fantasia, o problema permanecerá insolúvel e a única escapatória para livrar-se da dor do dilema moral, será viver na mentira dos estratagemas ou assumindo o papel do leão.
O sujeito que faz uma coisa ou outra é uma pessoa que já caiu fora da espécie humana e não tem consciência disso.



Por Anatoli Oliynik

A SABEDORIA DE SALOMÃO OS TRES OVOS


    Segundo contam os livros etíopes, Menelik, filho da Rainha de Sabá, viajou certa ocasião a Jerusalém para conhecer a Salomão e aprender com ele.  O sábio Salomão o recebeu com todas as honras, pois Menelik era filho da Rainha e não tardaria muito em ocupar o trono da Etiópia. Quando já se passavam sete semanas de visita, o jovem príncipe disse a Salomão:
    - Há bom Rey, por sete semanas tenho desfrutado de sua companhia e seus conselhos. Como seria bom se o senhor pudesse voltar comigo para a Etiópia para que sua sabedoria não me faltasse nunca!
    Quando Salomão lhe mostrou que isto era impossível, Menelik lhe pediu que pelo menos lhe ajudasse a escolher um bom conselheiro entre os jovens que faziam parte de sua comitiva. Salomão, então lhe disse para que ele convidasse o jovem que ele achasse que fosse o melhor entre todos, para fazer o desjejum com ele, e assim descobrir se ele era digno de ocupar tal cargo.
    No dia seguinte, Menelik chamou para fazer o desjejum com ele o mais fiel de seus amigos, que havia sido criado junto com ele desde a infância. Por ordem do Rei Salomão, os dois jovens sentaram sozinhos em uma mesa e o serviçal levou três ovos fritos em um prato.  Menelik pegou um e o seu amigo pegou o outro. Porém quando o príncipe lhe falou para comer o terceiro ovo, o seu fiel amigo respondeu que não poderia sequer prová-lo, sabendo que quem deveria comê-lo era o príncipe.
    Quando terminaram o desjejum, Salomão que havia escutado a conversa deles chamou Menelik e lhe disse:
    - O jovem que você trouxe é um bom amigo, lhe digo. Porém não vacilará em lhe bajular para  assegurar-se de seu afeto e não será um bom conselheiro. Volta amanhã com outro candidato ao cargo.
    No dia seguinte, Menelik veio fazer o desjejum acompanhado de outro de seus amigos, herdeiro de uma das casas mais nobres da Etiópia. Quando o serviçal trouxe os três ovos, o príncipe lhe autorizou a comer o terceiro ovo. O jovem nobre recusou no começo, porém logo o comeu, afirmando que não podia contrariar o seu senhor.
Depois do desjejum, Salomão disse ao príncipe:
    - Este jovem que você trouxe é um bom cortesão. Porém, se tiver oportunidade, colocará os interesses dele antes do seu e tomará a sua bondade natural por debilidade de sua parte. Não será um bom conselheiro. Volte amanhã com outro candidato.
    Durante mais sete semanas o príncipe Menelik trouxe cada dia, para o desjejum um acompanhante diferente. Alguns só comiam um ovo, outros aceitavam comer os dois, porém nenhum deles agradou a Salomão.

    Finalmente o príncipe chamou o ultimo membro de sua comitiva, um jovem de origem pobre, que havia adquirido seu direito de acompanhar o príncipe, pelo fato de ter combatido no exercito da Etiópia.  Quando Menelik lhe convidou para comer o terceiro ovo, o convidado lhe propôs que partissem o ovo em duas metades. Como a gema estava mole, partiram também o pão em que havia escorrido a gema. E compartilharam cada pedaço do ovo e do pão.
    Quando Menelik foi ver Salomão, o encontrou com a alegria estampada em seu rosto.
    -Disse Salomão:
    - O jovem que você trouxe hoje é um homem de valor. Nunca se aproveitará de você, nem aceitará que você se aproveite dele. Poderá brindar-lhe com sua confiança e lhe confiar seus segredos, pois ele nunca lhe trairá. Cultiva sua amizade, leva-o em seu coração e trate-o com respeito e carinho. Você encontrou um bom conselheiro. E isto vale mais que um tesouro.