quinta-feira, 5 de julho de 2012

CRUZ DE CARAVACA (CRUZ DE SANTA HELENA)




(Como curiosidade transcrevemos a biografia de Santa Helena, elaborada pelo Padre Rohrbacher, em sua  Vidas dos Santos (Volume XV), Editora das Américas): “O Senhor tinha dito à nova Jerusalém: “Eu elevarei meu estandarte para os povos”“. E os reis serão nutrícios e as rainhas amas. “Adorar-te-ão de rosto inclinado para a terra e beijarão a poeira de teus pés”. A antiga Jerusalém via a realização disso pela Jerusalém nova.
      Os pagãos tinham-se esforçados para abolir a memória da ressurreição de Jesus Cristo. Tinham fechado a gruta do Santo Sepulcro, colocado por cima uma grande quantidade de terra, pavimentando com pedras o alto e construindo um templo a Vênus,* onde ofereciam os sacrifícios a esse ídolo, a fim de que os cristãos parecessem adorá-lo, quando viessem aquele lugar para adorar Jesus Cristo. Constantino deu ordem de se construir uma Igreja magnífica e escreveu isso ao Bispo Macário, recomendando-lhe que aquele edifício sobrepujasse em beleza não somente as outras Igrejas, mas todos os edifícios das outras cidades. “Dei ordem, acrescenta a Draciliano, governador da província, de empregar segundo vossas ordens os operários necessários para se erguerem as paredes”. Mandai-me dizer que mármore preciso e que colunas julgais conveniente, a fim de que eu as faça construir. Ficarei bem contente de saber se julgais a propósito que à cúpula da Igreja seja adornada com teto lavrado ou com outra espécie de trabalho, se for lavrado, poder-se-á colocar ouro.
      Santa Helena, mãe de Constantino, encarregou-se, ela mesma de sua execução. Tinha então, oitenta anos, vivendo havia muitos anos na piedade e nas obras de caridade. O Imperador seu filho, fê-la conhecer a verdadeira religião, que antes ela ignorava (O Cristianismo); deu-lhe o título de augusta ou de imperatriz, e mandou pôr sua efígie nas moedas de ouro. Ela dispunha dos tesouros só para fazer caridade e esmolas. Era muito assídua à Igreja, adorava-as com vários ornamentos e não se descuidava nem mesmo dos oratórios das aldeias, viam-na no meio do povo com um hábito simples e modesto, nas assembleias de religião.
     Foi, não obstante a idade, visitar os antigos lugares e tomou o cuidado de adorná-los com suntuosos edifícios pela liberalidade de seu filho. Atravessando o Oriente, fez donativos extraordinários aos soldados, às comunidades e a cada um dos particulares que se dirigiam a ela. A uns dava dinheiro, a outras vestes; libertava os presos e os que trabalhavam nas minas; fazia voltar os exilados. Tendo chegado a Jerusalém, começou por fazer derrubar o templo e o ídolo de Vênus, que profanavam o lugar da Cruze da Ressureição. Tirou-se a terra, cavou-se tanto até se encontrar o Santo Sepulcro e, perto, três Cruzes enterradas.
      Não se sabia qual era a do Salvador; o Bispo São Macário imaginou um meio para desvendar isso. Mandou levar as Cruzes à casa de uma mulher enferma havia muito tempo, e que estava nas últimas; aplicaram-lhe cada uma das Cruzes, fazendo prece; e logo que ela foi tocada pela última, ficou inteiramente curada. Com a Cruz encontraram o título, mas separado com os pregos, que Santa Helena mandou ao Imperador Constantino, seu filho, com uma parte considerável da Cruz, deixando a outra em Jerusalém. Mandou por numa caixa de prata e deu-a em custódia ao Bispo para conservá-la para a posteridade.
      De fato, no século seguinte, mostravam-na, uma vez por ano, na festa  da Páscoa, isto é, na sexta-feira santa. O Bispo depois de tê-la adorado por primeiro, expunha-a para ser adorada por todo povo; daí, sem dúvida, veio em todas as Igrejas a piedosa cerimônia. Não se mostrava em Jerusalém como um favor a pessoa de piedade, que lá tinham ido expressamente a peregrinação. Quanto aos cravos, o Imperador Constantino, mandou Por uma parte deles em seu capacete e uma parte nas rédeas de seu cavalo, para lhe servirem de defesa nos combates. (Esses pregos eram os que fixavam a tabuleta "INRI" que encimava a Cruz).
     Entretanto, por suas ordens e pelos cuidados de sua mãe, Helena (depois de morta, Santa Helena), construiu-se a Igreja do Santo Sepulcro, terminada somente seis anos depois. Em redor elevava-se uma cidade antiga, não no mesmo lugar que parecia ser a Nova Jerusalém, predita pelos profetas.
      Perto daí, no alto do Monte das Oliveiras, o Imperador mandou construir também, uma Igreja magnífica, para honrar o lugar da Ascensão de Jesus Cristo e outra em Belém (hoje, é a Igreja da Natividade) para honrar a gruta santificada pelo seu nascimento.
      Esses edifícios eram ornados de preciosos dons, vasos de ouro e de prata; véus de diversas cores serviam para eternizar a memória do Imperador Constantino e de sua mãe, Helena.
      Ela permaneceu, ainda, alguns dias na Palestina e, entre outros sinais de piedade, prestou grande honra às virgens  consagradas a Deus, pois, tendo-as reunido e mandado sentar-se sobre vários tapetes, serviu-as à mesa, tendo ela mesmo o jarro e a bacia para lhes lavar as mãos trazendo as iguarias, vertendo o vinho e apresentando-o para beber. Enfim essa piedosa princesa, voltando a Roma, lá morreu no mês de agosto desse mesmo ano, 326,** nos braços do Imperador, seu filho e de seus netos, os Césares; o Imperador Constantino fez-lhe funerais com pompa real.
      A Igreja Católica torna-lhe a memória no dia 18 de agosto.
     O título da Cruz, encontrado por Santa Helena, foi depositado na Igreja que ela fundou em Roma e que é conhecida pelo nome de "SANTA CRUZ DE JERUSALÉM". Puseram-no alto de uma arcada, onde foi encontrado em 1492, encerrado numa caixa de chumbo. “A Inscrição em hebraico, grego e latim, está sobre madeira esbranquiçada e em letras vermelhas”.
     P.S. *VÊNUS (romana) - deusa da beleza e do amor, nasceu na espuma do mar, provida de todos os encantos. Acolhida pelas Horas que a fizeram sentar num carro e a transportaram ao Olimpo; ali os Risos, as Graças e os Jogos constituíram seu cortejo. Júpiter deu-a por esposa a Vulcano que acabava de inventar o raio. Vênus, porém amava Adônis. Este, ferido por um javali, foi socorrido por Vênus, porém demasiado tarde. A deusa regou seu sangue com néctar e o converteu numa FLOR chamada ANÊMONA. Vênus implorou aos deuses para que lhe devolvessem; a lei do destino tal não permitia, entretanto.
Levantaram-lhe templos e elevaram-no à categoria dos deuses e, em sua honra, foram instituídas as festas chamadas ADONIAS. O culto de Vênus era universal, jamais seus altares foram, porém, manchados com sangue, contentavam-se de neles queimar incenso e perfumes. seus templos principais eram os de Pafos, Amatonte e Idália na Ilha de Chipre; o de Gnido em Carla; o de Citera no Peloponeso e o do Monte Erix na Sicília. Cupido ou Amor, filho de Vênus, deus sedutor, apenas veio ao mundo e Júpiter, prevendo os danos que esse menino SEM-VERGONHA E CORTA-JAQUEIRO podia causar, mandou a Vênus que o fizesse desaparecer. Esta ocultou-o num bosque, onde foi alimentado por leoas. Quando se sentiu forte, fez SETAS DE CIPRESTE. Exercitando-se no tiro contra os animais que o haviam amamentado, adestrou-se na arte de fazer os homens (Genericamente falando) vítimas de seus dardos.


**portanto, agora no mês de agosto do ano de 2012, completará 1686 anos de seu falecimento.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

“Teísmo” , “Deísmo” e “Agnosticismo”


 
Teísmo : é a doutrina de um Deus, Eterno, auto suficiente, Onisciente, Onipresente, impregnando toda a criação, Criador, Preservador, Protetor, e Benfeitor de todas as coisas e do Homem. É a negação, o oposto do ateísmo – a doutrina na qual não há nenhum Deus. Idem para o politeísmo – doutrina na qual se tem muitos deuses e mesmo do Deísmo, cuja definição vem no parágrafo abaixo.
 
Deísmo : é a crença em Deus, com base somente na Natureza e na Razão. Ela rejeita a revelação sobrenatural e todos os elementos sobrenaturais de uma religião. Desse modo, é um sistema ou atitude dos que, rejeitando toda espécie de revelação divina, e portanto a autoridade de qualquer igreja, aceitam, todavia, a existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderá ou não haver influído na criação do Universo
Muitos “livres pensadores”, principalmente da Inglaterra e da França na época do século XVI e XVII  foram classificados como deístas. Percebe-se claramente que na realização da primeira edição do Livro das Constituições do reverendo James Anderson, em 1723, há uma tendência de abandono ao cristianismo, liberando as crenças e o pensamento, quando afirma que “Um maçom fica obrigado por ocasião de seu ingresso, a obedecer a Lei  Moral e se ele entender corretamente a Arte, ele nunca será um ateu estúpido, e nem tampouco um libertino irreligioso. Porque desde os "tempos imemoriais", os maçons eram obrigados, em todos os países, a seguir a religião de seu país de origem, qualquer que ela fosse; mas atualmente o maçom é obrigado a ter aquela religião, com que todos ou a maioria concorda....” .
 
Agnosticismo : doutrina que ensina a existência de uma ordem de realidade incognoscível. Tem posição metodológica pela qual só se aceita como objetivamente verdadeira uma proposição que tenha evidencia lógica satisfatória. Mantém a atitude que considera a metafísica como algo fútil. É diferente do Ateísmo que é a doutrina (se é que pode ser assim chamada) daqueles que não crêem em Deus ou nos deuses. São ímpios, não tendo fé em nada. Incrédulos.

 
 
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

Maçonaria resumida em Números

Maçonaria, forma reduzida e usual de francomaçonaria, é uma sociedade discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. 
 
De carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.
 
Portanto, a maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
 
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."
 
Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%) nos Estados Unidos, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0 (20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4 700 Lojas.[carece de fontes?]

A Bastilha

A 'Bastilha' (em francês: Bastille), mais conhecida por ter sido uma prisão - assim funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII - foi inicialmente concebida apenas como um portal de entrada ao bairro parisiense de Saint-Antoine, na França, motivo pelo qual era denominada Bastilha de Saint-Antoine. Encontrava-se onde hoje está situada a Place de la Bastille ("Praça da Bastilha") em Paris.
 
Ficou conhecida por ter sido o palco do evento histórico conhecido como a Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789, o qual aliado ao Juramento do Jogo da Péla, está entre os fatos mais importantes do início da Revolução Francesa.
 
O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a "Fête de la Fédération" (A Festa da Federação). A data tornou-se feriado nacional na França, sendo comemorada anualmente. É popularmente chamada de "Dia da Bastilha", apesar de na França denominarem-na "Fête Nationale" (A Festa Nacional).
 
Em novembro de 1789 a Bastilha foi totalmente demolida.

terça-feira, 3 de julho de 2012

IDADE DA MAÇONARIA



 
Não existe, realmente, uma data que possa ser dada como a data de origem da Franco Maçonaria. Entretanto, sem dúvidas, pode ser dito, que ela se desenvolveu, paralelamente, nos países da Europa e nas Ilhas Britânicas durante a Idade Média. A Maçonaria atual, chamada Especulativa, também, sem duvidas, se desenvolveu nas Ilhas Britânicas (Escócia, Irlanda e,  principalmente, na Inglaterra) e se espalhou para a Europa e restante do Mundo.

Um dos primeiros registros escritos conhecido hoje em dia, é o Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius escrito em torno de 1390 da nossa era. Muitos dos nossos Símbolos Maçônicos vieram da Maçonaria Operativa dos tempos Medievais.

Existe a “Carta de Bolonha”, menos conhecido, mais antigo do que o citado acima, datado de 1248. Lá é citado que havia  “Sociedades de Mestres Maçons e Carpinteiros” em anos anteriores à data mencionada. Esse documento é conservado até hoje no Arquivo do Estado de Bolonha.

A Maçonaria Moderna, dita Especulativa, como é hoje conhecida, data da formação da Grande Loja de Londres e Westminster, posteriormente, Grande Loja Unida da Inglaterra, a qual foi originada em Londres em 1717.

Do século precedente a essa data, existem amplas evidencias da existência de Lojas Operativas, e durante os anos que antecederam 1717, essas Lojas Operativas mudaram gradualmente suas características, com a introdução de pessoas que não eram Maçons pela profissão e eram chamados de Não-Operativos ou Especulativos.
Eram os Aceitos.

O Ritual das Lojas Operativas era de característica bastante elementar, consistindo em o Candidato ser obrigado a se sujeitar “ao livro de deveres e obrigações” “the Book”, mantido pelos membros mais antigos (Elders), e concordar com as Obrigações (Charges) lidas para ele. Levou muitos anos até o Ritual ter o conteúdo e a forma que tem hoje e, de acordo com referencias e informações disponíveis, ele assumiu a presente forma em torno de 1825.
Concluindo, de acordo com escritores sérios, incluindo o pessoal da Loja Quatuor Coronati, parece não haver dúvidas que a Maçonaria se originou na Idade Média (opinião inclusive do Mestre Castellani).
É temeroso, por falta de provas e evidências concretas, afirmar que a Maçonaria deve origem na época do Rei Salomão, nos Antigos Egípcios, nos Essênios, etc.


Uma drástica distinção deve ser feita entre a Ordem Maçônica, como uma organização, e as Lendas e Tradições, através das quais os ensinamentos da Ordem são ensinados. Para bom entendedor, meia palavra basta. Para os fanáticos, uma Enciclopédia é insuficiente.


M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

segunda-feira, 2 de julho de 2012

AS GUERRAS E OS COMBATES ENTRE OS POVOS ANTIGOS.



     Joel não sabe o que é a paz. Ele a definiria como um estado eminentemente provisório entre dois combates, aquele em que os hebreus tratam dos ferimentos e se preparam. De fato, em toda a sua longa história, os hebreus só conheceram brevíssimos períodos de paz. Suas guerras foram ofensivas na época da conquista da erra de Canaã e da expansão do reino sob os reinados de Saul, Davi e Salomão. Todavia, com maior frequência, foram defensivas. Enfim, tiveram de travar combates desesperados contra impérios onipotentes que acabaram esmagando-os.
     Como toda atividade humana, a guerra é um ato essencialmente religioso. As leis da guerra definidas pela Bíblia atestam que Joel só espera a salvação da vitória de IAHWEH ELOHIM, e unicamente Dele. Na época nômade, o símbolo da presença de Deus entre os exércitos no campo de batalha era a Arca do pacto de IAHWEH, lugar de sua presença real. Se IAHWEH sai com os exércitos de Israel, estes vencem. Sua derrota é apenas o indício da ausência de ELOHIM, que não apoiou seu povo para puni-lo por seus pecados.
      A presença de Deus entre os combatentes exige que eles estejam em estado de pureza ritual. Em tempo de guerra, Joel não se aproxima de sua mulher, e se, se torna impuro por acidente - uma polução, por exemplo -, afasta-se do campo para se purificar.
Afora essas regras de pureza, a Bíblia só fornece breves indicações sobre as condutas das guerras: o sacerdote deve exortar previamente os combatentes. Os soldados que começaram a construir uma casa, a plantar um vinhedo ou que acabam de se casar devem ficar isentos da mobilização, assim como aqueles que declaram não estar em condições de combater por falta de coragem. As leis são o reflexo de um tempo em que o serviço militar se fazia  na tribo com base num alistamento voluntário. O Deuteronômio exige ainda que os habitantes cananeus das cidades conquistadas sejam exterminados. Se não forem cananeus, a lei exige que se façam propostas de paz antes do combate. Se a cidade se render sem combater, será anexada, caso contrário, numa eventual derrota, os homens são exterminados, as mulheres, as crianças e todos os bens, apreendidos à guisa de despojo.
     Ao lado dessas leis, que estão bem de acordo com o espírito da época, e não só dessa época, um contraponto: os guerreiros jamais têm o direito de derrubar árvores frutíferas durante as operações, sem dúvida para não empobrecerem, no futuro, os recursos alimentícios. O despojo deve ser repartido equitativamente entre os combatentes e o conjunto do povo. O despojo compreende os cativos, que se tornam escravos dos vencedores. Joel pode perfeitamente tomar como mulher uma dessas belas cativas, mas só depois de ter-lhes concedido um mês de trégua em casa dele, para que ela possa aplacar a dor e os temores.
Se ele repudiá-la, não terá o direito de vendê-la, mas a obrigação de libertá-la gratuitamente.
     A Bíblia e a literatura geral da época falam muito de guerras, mas só as descrevem sucintamente. Para termos uma ideia das operações militares, dispomos de importantes vestígios arqueológicos, que nos permitem representar a estratégia e a tática geralmente adotada pelos exércitos, ainda que todos os textos da época atribuam grande peso à intervenção dos deuses. ELOHIM sempre participa dos combates de seu povo: Ele manda uma pesada  chuva de granizo, uma chuva de estrelas ou até interrompe a evolução do sol no céu para ajudar a vitória dos seus. Mas, como veremos, os guerreiros devem combater e compensar sua desvantagem numérica com a vontade de viver e inesgotáveis astúcias de guerra. Estas tinham maior chance de êxito devido à quase inexistência de meios de comunicação. Os exércitos recebiam as ordens antes do combate, e se as táticas não correspondessem ao plano preestabelecido logo eram presas de pânico.
     Antes da época real, quando o exército é uma emanação da tribo, os soldados são, ao mesmo tempo, mal preparados e mal equipados. A guerra se resume, forçosamente, em ataques surpresas, limitados no espaço e, sobretudo, no tempo. A tática preferida é lançar um reide ou armar uma emboscada para surpreender o inimigo e, na medida do possível, desnorteá-lo antes que ele dobre as forças. A noite ou o raiar do dia são os momentos propícios para tais manobras, algumas das quais, como a de Gedeão, tornaram-se a justo título lendárias. A saga se apropria dessas façanhas e as descreve em termos líricos, sublinhando que a vitória sempre sorri ao astucioso pequeno Davi em face do gigante Golias.
     No entanto, a vitória assim obtida só é completa com a destruição das forças do inimigo; Daí as intermináveis perseguições dos desertores, cuja retirada se corta na medida do possível. Joel também sabe que se Deus é um "deus das montanhas", por isso evita o caminho das planícies, onde os carros de metal dos cananeus são invencíveis. Ele prefere atrair o inimigo para as montanhas, de que conhece todos recônditos e a que os temíveis carros não têm acesso. Em casso de cerco de uma praça-forte, Joel tenta atrair os inimigos para fora das marulhas ou procura descobrir os acessos secretos da cidade.
     Na época real, a estratégia muda. Ela exige, em campo aberto ou no centro das cidades, um exército poderoso e bem equipado. A relação de forças é que decide a batalha, daí a política de investimento dos reis. Os carros são lançados nos combates por corpos de cinquenta unidades bem treinadas. Os cavalos aparecem nas batalhas deste a origem do poder real, no início do primeiro milênio antes da era cristã, mil anos depois dos carros. Salomão mantém em Megido e em outras praças estábulos de considerável magnitude. Na época de Acab, o exército contava dois mil carros e vinte e cinco mil  infantes envolvidos na Batalha de Carcar. Supõe-se que os carros e os cavaleiros laçassem o ataque destinado a romper a frente do
inimigo, seguidos dos infantes, que tinham a missão de exterminar os sobreviventes. Quando as forças dos grandes impérios se abatiam sobre o país, a tática consistia em encerrar-se em cidades fortificadas para deixar o ataque passar com o mínimo de perdas. A maioria das guerras apresentava esse tipo de estratégia, notadamente contra  os assírios e os babilônios, cujos exércitos onipotentes eram dotados dos meios técnicos mais aperfeiçoados. Felizmente para os hebreus, esses exércitos operavam longe de suas bases e não podiam eternizar-se em cercos de vários meses por falta de equipamentos suficientes - todo cerco requeria operações  complexas, infantes, fundibulários, sapadores, arqueiros e operadores de aríetes e de torres contra as muralhas. Daí o fortalecimento das muralhas das cidades de Judá e de Israel, sempre prontas a sustentar um longo cerco, de acordo com técnicas defensivas aperfeiçoadas.


     SHALOM!

VIADUTO DO CHÁ


        O vestusto viaduto do Chá, no centro da cidade de São paulo tem esse nome porque foi ali
que se fez uma das primeiras tentativas de cultivar chá no Brasil por volta de 1820 (no final do
Brasil Colônia portuguesa).

     Antes da abertura do viaduto, transpor o rio ANHANGABAÚ era uma aventura arriscada. Quem
saísse da praia do Patriarca em direção ao Teatro Municipal, que nem existia naquele tempo, tinha
que descer  até o fundo do vale, passando por uma plantação de chá, cruzar uma PINGUELA
sobre o rio e subir o empinado morro do Chá.
     A empresa privada que o ergueu em 1892 importou toda a sua estrutura metálica da Alemanha.      Como a obra custou caro, a construtora decidiu cobrar pedágio dos pedestres que passavam por ali (3viténs, moeda portuguesa usada na época).
     No início, ninguém reclamou. Mais tarde, houve protestos por quase quatro anos, até que a Prefeitura decidiu encampá-lo, liberando sua travessia.
      Isto aconteceu com o Brasil Independente de Portugal e nação livre.

HISTÓRIA DO HOTEL COPACABANA PALACE

      O hotel mais charmoso e famoso do Brasil foi inaugurado em 13 de agosto de 1923, com uma visita oficial do rei Alberto I, da Belgécia. O prédio foi projetado pelo arquiteto Joseph Guire, que se inspirou em 2 hotéis da Riviera francesa: o Negresco, de Nice, e o Carlton, de Cannes. Ele fica em praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. O Copacabana Palace, construído com cimento alemão, mármore de Carrara e cristais tchecos, dispõe de 226 quartos. Já recebeu, entre outros hóspedes ilustres, Albert  Einstein, Brigitte Bardot, Carmem Miranda, Gene Kelly, Janes Japlin, Lady Di, Lize Minnelli, Marlene Dietrich, Roberto de Niro, Roger Moore, Rolling Stones, Orson Welles, Ava Gardner, Johnny Mathis, Rudolf Nureiev, Rod Stewart, Fred Astaire, Ginger Rogers, Walt Disney entre outros.
     Ao telefone, o cineasta americano Orson Welles ouviu um não da atriz mexicana Dolores del Rio. Diante da recusa, bebeu além da conta e, para descarregar a raiva, atirou pela janela do hotel uma cadeira e o criado-mudo.
Os exagerados chegaram a dizer que atirou também a cama (segundo as más línguas!)
      Reza a lenda que Marlene Dietrich, nos anos 40, chamou o maître Fery Wunsh pouco antes de subir ao palco do Golden Room do Copa. Em alemão, fez um pedido inusitado: um balde de gelo cheio de areia. A musa explicou que o vestido, colado ao corpo, a impedia de descer 20 degraus para ir até ao banheiro e fazer o que ela chamou de "meu PIPI burguês". Atrás de um biombo, no balde de areia, ela resolveu o problema.
      A atriz Ava Gardner, a belíssima das atrizes americanas chegou às 3h30 no Copacabana, foi direto pra o Golden Room, bebeu muito champangne e pediu que a orquestra tocasse até as 5h30. Depois disso, há duas versões. A primeira registra que Ava Gardner teria convidado o maître do Golden Room para dividir com ela a última garrafa em sua suíte (e ele teria recusado). A outra conta que o convidado da atriz teria sido, na verdade, um cantor romântico de nome Carlos Augusto. Vítima de uma súbita indisposição intestinal, o moço fracassou.
     O hotel foi cenário de filmes desde o clássico FLYING DOUN TO RIO, que em 1933 reuniu pela primeira vez Fred Astaire  e Ginger Rogers.
    O avô da atriz brasileira Carla Camurati, Eurico, era CHEFE DE CUISINE do Copacabana Palace.
     Em 1970, a decoração de Carnaval dos salões do hotel foi nterditada pela Censura Federal (o Brasil vivia em plena DITATURA Militar). O governo considerou-a um atentado à moral e aos bons costumes. A direção do Copacabana Palace cobriu tudo com tarjas pretas.
     Diz que o cantor Johnny Mathis bateu o pé por lenções cor-de-rosa, e também que o falecido bailarino russo Rudolf Nureiev exigiu cama de solteiro, fazendo questão de que ela ficasse "voltada para o nascente".
       Ainda garoto. Jô Soares, o GORDO, morava com os pais no primeiro andar do Anexo - e de lá, volta e meia, saltava na piscina. Saltava também do topo do trampolim que então existia. Mais de uma vez, vestindo uma capa, ameaçou pular da cobertura do Anexo, para pânico dos turistas americanos lá embaixo.
     Homenageado com um grande banquete no Golden Room, o então bispo auxiliar do Rio de janeiro, o cearense  d. Hélder Câmara, assistiu, na fila do GARGAREJO, a um exuberante espetáculo de CANCÃ. Quando os jornalistas foram colher suas impressões, Sua Eminência Reverendíssima justificou a atenção com que acompanhara o vaivém das pernas nuas: "MEUS FILHOS, DEVEMOS CONHECER O DEMÔNIO DE TODOS OS ÂNGULOS..." .
     Rod Stewart foi expulso do hotel por causa de um racha futebolístico disputado em plena suíte presidencial. A pelada destruiu o quarto inteiro.

     Eu espero que você tenha gpostado.



     SHALOM